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Entrevista GODS & PUNKS

8 de dezembro de 20175 min read

O que existe no meio do deserto? Nesse caso somente riffs e muita distorção. Assim pode ser definido o som do Gods & Punks, trio carioca que lançou no último ano o ótimo Into the Dunes of Doom, disco que proporciona um mergulho intenso no Stoner Rock e simboliza bem o atual momento de um gênero que vive seu maior período de ebulição.

Abençoados por Black Sabbath e com uma dose de mescalina e modernidade, Ale Canhetti (vocais), Pedro Canhetti (guitarra solo), Rafael “Psy” Daltro (guitarra base), Danilo Oliveira (baixo) e Arthur Rodrigues (bateria seguem a cartilha de riffs imortalizada por Tony Iommi, mas acelera a pegada ao melhor estilo de bandas como Budgie e o moderno Monster Magnet, em uma fusão precisa que transita entre o rock mais clássico e o heavy metal.

Pronto para fazer de 2018 o seu ano dourado, o grupo colhe os frutos de ótimo Into the Dunes of Doom e conversa com o Passagem de Som sobre tudo o que envolve seu lançamento, o atual momento do gênero e muito mais.

A produção de Into the Dunes of Doom
Ale Canhetti: A gente tinha em mente já o que queríamos passar em termos de conceito e sonoridade, mas conforme fomos compondo, fomos “encaixando” as músicas conforme ficasse melhor para o disco como um todo. Ao vivo essas faixas soam melhores do que no disco. Principalmente Subatomic Wormhole. Em geral o show ficou muito melhor e mais dinâmico com elas.

A identidade de um disco diante de tantos caminhos multimídia
Ale Canhetti: Na verdade não, toda essa gama de possibilidades só mostra que temos mais opções. Nosso intuito é lançar as músicas onde elas serão simplesmente ouvidas, então para a banda o mais importante é ter a possibilidade de lançar o trabalho online.

A estética da música do Gods & Punks frente
Ale Canhetti: O som que a gente toca é o som que a gente curte ouvir. Obviamente existem centenas de bandas atuais que adoramos, mas muitas delas, como nós, se inspiram em artistas mais antigos. Por isso a gente tem influências mais clássicas. Para os próximos álbuns vamos continuar trabalhando no nosso som assim como trabalhamos entre o Sounds e o Dunes. Mas não queremos perder a essência da banda e o som característico.

O boom do Stoner Rock no Brasil
Ale Canhetti: Com certeza é o melhor momento! Tem uma cena irada de stoner, psych, prog e doom acontecendo no país e estamos orgulhosos de fazer parte disso. Temos bandas e artistas que se fossem de fora, seriam recebidos como lendas aqui.

A influência do social sobre a música
Ale Canhetti: Acho que isso (o momento turbulento social) até enriquece a música de alguma forma. Ficamos com fogo no olho para compormos músicas e letras como uma forma de escape. Dunes é muito mais niilista e sombrio que Sounds. O próximo então….

As jams e sua presença na música do Gods & Punks
Ale Canhetti: Muitas músicas vieram de jams e isso realmente deu um tom mais orgânico ao disco. A gente não tem planos de fazer algo mais grandioso que The Encounter ainda. Mas no futuro, quem sabe?

Festivais
Ale Canhetti: A gente quer participar de festivais e eventos grandes para o próximo disco sim, é um objetivo. Vamos tentar marcar presença em alguns lá no sul quando possível, afinal, quanto mais gente ver a banda, melhor né?

Para compreender o Gods & Punks
Ale Canhetti: Compreender? Assistam muita ficção científica, muito Kubrick e Nolan (risos). Mas seriamente, não precisa de muito. Cada um tem que ter sua interpretação das letras e das músicas.

Futuro
Ale Canhetti: Nossos próximo passo vai ser voltar a compor. Nosso plano é lançar outro disco ano que vem e mais um no ano seguinte. Vamos ver se a gente consegue, haha

Anderson Oliveira

Diretor de Arte há duas décadas, fã de Grateful Dead e Jeff Beck, futuro trompetista e em constante aprendizado. Bem-vindos ao meu mundo, o Mundo de Andy.

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