Cada edição da Revista Som é uma história. Essa aqui não é diferente.

Da escolha da capa, uma das mais difíceis que já tive, até o número de matérias que estariam presentes em nossas páginas, não foi fácil. Até por essa busca cuidadosa, essa é a edição com mais matérias já publicada por aqui e isso é motivo de muito orgulho. Orgulho esse que passa por figuras como De-Phazz, Amaro Freitas, Samuel Rosa, George Benson e tantos outros. Como se vê, a diversidade pauta bem esse trabalho.

Foi também um acúmulo de experiências e histórias que acabaram servindo de base para matérias do qual o orgulho não cabe em palavras, em especial as que falam de RuPaul e Alice Randall. Tanto quanto escrever, aprender foi uma jornada fantástica nesse processo.

E não há dúvidas de que nessa edição há muita história. E não importa a quantidade de pessoas que vão ler cada uma dessas páginas, se ao menos uma ler e tirar algo dali, a missão está completa. E não tem nada mais prazeroso que isso.

Como havia dito acima, cada edição é uma história, clicando abaixo, você tem acesso a todas elas.

Anderson Oliveira

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Nesta edição você confere:

Samuel Rosa – O dia depois de amanhã

Em primeiro álbum solo, Rosa, ex-vocalista do Skank consegue o improvável ao definir uma sonoridade própria e abrir caminho com canções que revelam uma nova faceta, nem tão pop, mas também não tão alternativa, em sua música.

Gregory Lewis – Os elefantes não esquecem

Certa vez, um crítico de jazz se referiu a Thelonius Monk como “um elefante nos pianos”. Era uma dolorosa crítica. Dono de uma abordagem incomum, o pianista sempre gerou desconfiança da crítica pela forma como atacava seu instrumento. E para Gregory Lewis, que lançou o álbum Organ Monk Going Home, esse desafio é também um ponto final nesse processo.

Mark Knopfler e o epitáfio de Jeff Beck

E em 2024, foi a vez de Mark Knopfler (eterno ex-Dire Straits) escrever mais um capítulo único na história da música, com o (re)lançamento da faixa Going Home, trilha do filme Local Hero, que no Brasil foi lançado como Momento Inesquecível, em 1983.  Está lá também a última gravação de Jeff Beck, que faleceu em janeiro de 2023, vítima de meningite.

De-Phazz – Tudo em seu devido lugar

Quem navega pelas plataformas digitais e se depara com a capa de Pit Sounds, novo álbum do De Phazz, conjunto alemão liderado pelo alemão Pit Baumgartner, pode rapidamente ter um acesso de raiva achando que trata-se do mais puro oportunismo. Acalme-se porque não é. Longe disso.

Pet Shop Boys e a maldição dos anos 80

Mais 100 milhões de discos vendidos separam a criação do Pet Shop Boys, em 1981, de seu último lançamento, o ótimo Nonetheless. Mas quem se importa? Mesmo seguindo íntegro, um dos maiores nomes da história do dance pop segue mumificado com hits lançados há pelo menos três décadas, dando NOVAMENTE a chance de seus ouvintes verem que o mundo não parou, nem eles.

Alice Coltrane abre as portas do céu

Não é todo dia que estamos diante de um registro tão histórico quanto esse. Gravado em 1971 durante um evento beneficente no Integral Yoga Institute, em Nova York, a apresentação define a capacidade de Alice em se conectar com o divino em sua obra.

Viver Gonzaguinha

Seguindo com uma lista de lançamentos espantosos ao longo dos últimos anos, e que inclui recentemente registros raros de nomes como João Bosco, João Gilberto e até Adoniran Barbosa, o Selo SESC disponibilizou nesse início de 2024 um disco que poderia ser chamado de tributo, mas que vai além da concepção da palavra.

Ringo Starr – Cheiro de clássico

Devia ser motivo de histeria e parar o mundo pop, mas passou quase despercebido. Lançado como aperitivo de seu vindouro álbum, Ringo Starr lançou o EP Crooked Boy recentemente com 4 faixas que mereciam mais atenção. Com composições de Linda Perry e participação do guitarrista dos Strokes, Nick Valensi, tudo o que deve agradar os fãs de Beatles está ali presente.

RuPaul – A rainha do deserto

Um dos mais representativos artistas de sua geração, RuPaul tem seu novo livro de memórias lançado no Brasil enquanto embarca em mais um projeto revolucionário, onde cruzou os Estados Unidos em seu ônibus arco-íris para distribuir livros que foram alvo de censura.

O pop antipop do Hooverphonic

Existem nomes no mundo da música que desafiam a capacidade de sentir a ação do tempo na forma que produzem música. É o caso do Hooverphonic, que lançou recentemente o álbum Fake Is The New Dope.

Graxelos

Talvez seja na primeira ou segunda audição. Apenas tenha a certeza. Em algum momento alguma das faixas do álbum de estreia do Graxelos conectará tudo o que temos que aprender sobre música. Aprender não, reaprender.

Alice Randall, Beyoncé, a música country e a América preta

Em um álbum repleto de simbolismo, Alice Randall, primeira afro-americana a emplacar um single no topo da música country, décadas atrás, propõe uma reflexão sobre as raízes da música americana no mesmo momento em que Cowboy Carter, novo álbum de Beyoncé, vira no avesso o mundo da música pop e joga luz sobre uma pauta que mistura recordes e, principalmente, a presença de afro-americanos em um gênero tipicamente branco.

Papisa – Amor e Delírio

Cinco anos e uma pandemia depois, Amor Delírio segue a trilha deixada nesse caminho, mas bem menos ritualístico, ou nem tanto. No pop de Rita Oliva (nome de Papisa), existe um roteiro certeiro de canções bem desenhadas e deliciosamente abraçáveis em um repertório de pouco menos de meia hora.

Chumbawamba e o disco que anarquizou a música pop

Lançado em 1997, Tubthumper, oitavo álbum do Chumbawamba, balançou o mundo com músicas para dançar, deixando em segundo plano a ideologia de uma das mais caóticas bandas que já emergiram no mainstream até os dias atuais.

Entrevista: GROOVE ARMADA

Um dos maiores fenômenos da música eletrônica, a Groove Armada criou clássicos como uma banda de rock, se apresentou como uma banda de rock e fez o mundo dançar por décadas como os maiores DJs da história.

Hoje excursionando com seus maiores hits e dentro do maior núcleo de house music do mundo, Andy Cato e Tom Findlay contam mais sobre tudo isso na Revista Som!

Chico César e Zeca Baleiro – Juntos na contramão

Intimista e confessional, parceria entre dois dos maiores nomes da MPB – nem tão contemporânea – mostra que para andar na mesma estrada, ambos escolheram estar na contramão, mas sempre na mesma direção.

=1 – Deep Purple

Estamos em 2024 e o Deep Purple prepara para os próximos meses mais uma turnê em solo brasileiro com presença confirmada no Rock in Rio. Como se não bastasse isso, o lendário grupo inglês traz na bagagem um novo álbum de estúdio, o 23º de sua carreira. O que devemos fazer? Celebrar, é claro! 

Versailles 400 – Jean-Michel Jarré

Em mais um projeto ousado, francês pioneiro da new age, música eletrônica e ambient extrapola de vez o mundo real, realiza o primeiro concerto híbrido e revoluciona a estética musical mais uma vez. Bem-vindo ao Black Mirror de Jean-Michel Jarré!

Liam Gallagher e John Squire – A fome e a vontade de comer

Em um álbum primoroso, ex-vocalista do Oasis faz ao lado do lendário do guitarrista do Stone Roses com que possamos não sentir saudade de suas bandas.

Amaro Freitas – Espírito da Floresta

Em mergulho pela cultura amazônica, pianista pernambucano lança o ritualístico Y’Y (pronuncia-se “eey-eh, eey-eh”) e reforça sua condição como um dos maiores artistas de sua geração.

George Benson e quando sonhos se tornam realidade

Um dos maiores nomes de sua geração, George Benson conseguiu tudo na carreira. Absolutamente tudo. Do clássico ao pop, atravessou todas as estradas possíveis em alto nível e ainda é capaz de se emocionar com o próprio trabalho. Ao menos é esse o sentimento que temos o sugestivo título de Dreams Do Come True: When George Benson Meets Robert Farnon, seu novo (na verdade nem tão novo) álbum.